Três Tesouros Perdidos é o primeiro conto de Machado de Assis, publicado em “A Marmota”, em 5 de janeiro de 1958.
Neste conto Machado de Assis relata a historia de do senhor F (o marido da senhora dona E) e do senhor X.
O senhor X, ao voltar para sua casa para jantar encontra o senhor F, agitado e aflito, que se identificou como marido da senhora E, alegando que o senhor X conhecia a senhora dona E e que ele deveria deixar a corte ou iria morrer.
O senhor X sem entender nada, respondeu que não tinha a honra de conhecer a senhora dona E e indagou: que motivo tem o senhor?
O senhor F, afirma que o motivo seria o senhor X está fazendo a corte a sua esposa, senhora dona E. O senhor X responde que deve está ocorrendo um engano, mas o senhor F insiste e diz que já o viu sair duas vezes de sua casa. O senhor X retruca: que há de ser outro que se pareça comigo. Mas o senhor F é curto e grosso: ou o senhor deixa a cidade ou vai morrer.
Em um dilema o senhor X escolhe ir embora para Minas, mas alega não ter recursos. O senhor F prontamente lhe dar uma linda carteira, contendo dois contos de réis para a viagem. O senhor X ficou pensativo, sem entender como um engano lhe traria dois contos de réis e a realização dos seus mais caros sonhos, ir para Minas.
Antes de partir, o senhor X deixou em sua casa um moleque, encarregado de instruir seus amigos sobre o destino.
No dia seguinte, ao chegar a sua chácara encontrou na sala um bilhete, contendo: “Meu caro esposo! Parto no paquete (navio á vapor) em companhia do teu amigo P... vou para Europa”. Só então ele caiu na real que era o P, quem ele acreditava ser seu amigo, que estaria fazendo a corte a sua esposa.
E então para não ficar tanto no prejuízo, correu para casa do senhor X, para recuperar seus dois contos. Porem chegou tarde demais, o meleque informou que o senhor X já havia partido para Minas, o senhor F desmaiou e quando acordou já estava louco varrido.
Hoje, quando alguém o visita ele se lastima: perdi três tesouros a um tempo: uma mulher sem igual, um amigo a toda hora prova e uma linda carteira com dois contos de réis.
Neste ponto concordamos que ele tem razão e parece ser um doido com juízo.
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